A participação do pai no cuidado do recém-nascido e seu apoio à mamãe são importantes tanto do ponto de vista prático como afetivo, contribuindo para que o aleitamento materno se prolongue pelo maior tempo possível.
Agosto, mês em que celebramos o Dia dos Pais mas, também trazemos tons especiais para o mundo materno-infantil, celebramos o Agosto Dourado, em pró do Dia Mundial do Aleitamento Materno (01/08). Aproveitamos para realizar campanhas de conscientização sobre a importância da amamentação, sendo o leite materno a base da alimentação da criança pelo menos nos seis primeiros meses de vida, porque ele tem o papel fundamental na saúde e o desenvolvimentodo bebê. Este ano contamos com o tema: “Proteger a amamentação: uma responsabilidade de todos”.
Mas qual o papel do pais neste processo tão importante? “O pai é tão protagonista como a mãe na amamentação e nas demais demandas do bebê. Pai não ajuda. Pai cuida exercendo a paternidade de forma integral, envolvendo-se desde o pré-natal”, afirma Geysa Lopes, enfermeira obstetra especialista em amamentação do Hospital e Maternidade Vitória Anália Franco, de São Paulo.
Uma rotina desafiadora
Amamentar requer muito tempo e esforço da mãe. Diariamente, são entre oito e dez mamadas e o mesmo número de trocas de fraldas, além dos demais cuidados com o bebê e as atividades domésticas. Exaustas e sem apoio para conseguir descansar, algumas mulheres não têm estrutura emocional e física para continuar amamentando e acabam desistindo. Cabe ao pai fazer a sua parte, dividindo tarefas, incentivando e contribuindo para que a mãe tenha condições adequadas para seguir com a amamentação pelo máximo tempo possível. ”Esse compartilhamento de responsabilidades pode e deve acontecer mesmo quando pai e mãe não têm um relacionamento estável. Sempre é possível encontrar meios de dar suporte à mãe”, destaca Geysa.
Para o pai também não é um período fácil e ele poderá sentir-se sobrecarregado em alguns momentos, principalmente quando retornar ao trabalho. “Por isso, é fundamental que entenda a importância do seu papel nesse processo. Para se engajar, ele precisa participar de todas as etapas e estar informado sobre as técnicas e vantagens da amamentação, as tarefas e os cuidados necessários”, explica Geysa, que faz essa sensibilização dos pais em seu trabalho de preparação e suporte a grávidas e puérperas para o aleitamento.
Como os pais podem participar?
Segundo Geysa, os pais têm uma série de oportunidades de compartilhar os cuidados desde a gravidez e depois do nascimento. Confira as dicas da especialista:
- Envolva-se na escolha do enxoval e preparação do quarto do bebê.
- Acompanhe a gestante no pré-natal, indo às consultas e exames e fazendo curso preparatório.
- Reveze-se no cuidado do bebê para que a mãe possa descansar. Faça ‘coloterapia’ enquanto a mãe dorme um pouco.
- Durante a amamentação, dê apoio emocional, acalme e ajeite o bebê no peito da mãe, massageie a mama como orientado no curso ou no hospital.
- Cuide do seu bebê: troque fraldas, dê banho, faça o bebê arrotar.
- Ajude nas tarefas domésticas.
- Acompanhe as consultas pediátricas.
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