Os homens são mais atingidos por esse problema que pode culminar com diálise e transplante renal. Mas há caminhos para prevenir ou controlar a evolução da doença.
A doença renal crônica (DRC) refere-se a um conjunto de lesões que afetam os nossos rins, fazendo com que, gradativamente, eles deixem de exercer funções que são fundamentais para nosso organismo, tais quais como: filtrar e eliminar substâncias tóxicas geradas por reações químicas do nosso corpo; produzir determinados hormônios e controlar a proporção de líquido entre as células. Por este motivo, ela evolui de maneira progressiva e irreversível. Sua incidência é maior na população masculina.
A partir do momento que se tem a doença, existem tratamentos com o objetivo de controlar e retardar o avanço para as demais fases, tais quais: diálise, processo de filtração do sangue necessário para eliminar o excesso de líquidos e as substâncias tóxicas do corpo, que pode ser realizada por hemodiálise (máquinas que fazem a filtração do sangue) ou diálise peritoneal (feita por meio de um cateter inserido no abdômen).
Segundo o nefrologista intensivista do Hospital Pró-Cardiaco Rio de Janeiro, Dr. João Luiz Ferreira Costa: “Quando a DCR chega ao que chamamos de estágio 5, significa que os rins não conseguem mais manter suas funções, sendo necessário recorrer a de terapias substitutivas dessas funções”. Nestes casos específicos, a solução é o transplante de rins. A primeria etapa é buscar alguém da família compatível com o paciente, todavia, quando não encontrado, ele entra na fila de espera de um doador, porém, infelizmente este tempo de espera pode ser longo, dependendo dos casos.
Confira nossa entrevista com o Dr. João Luiz.
Quais são os principais fatores de risco para a doença renal crônica?
- Diabetes (tipo 1 ou tipo 2);
- Hipertensão;
- Idade;
- Obesidade;
- Histórico de doenças do aparelho circulatório;
- Histórico de DRC na família;
- Tabagismo;
Quais são os sintomas?
A doença renal crônica se desenvolve por muito tempo sem apresentar sintomas. Eles costumam aparecer apenas em fases mais adiantada. Os mais frequentes são câimbras, coceiras, cansaço, desânimo, inchaço nos olhos e nas pernas.
Como podemos prevenir?
Os caminhos tanto para a prevenção como para controle da doença depois que ela já está instalada são os mesmos:
- Monitoramento e controle de doenças primárias, principalmente diabetes e hipertensão, que são dois fatores de risco importantes;
- Controle do peso e combate à obesidade;
- Alimentação balanceada e saudável;
- Prática regular de atividade física;
- Não fumar;
- Manter rotina de vacinações em dia, fortalecendo o sistema imunológico;
- Pessoas com maior risco (veja fatores de risco acima) devem fazer exames periódicos da função renal.
É importante estar atento aos fatores de risco e tomar todas as medidas preventivas. Dados do Censo Brasileiro de Diálise (2012) mostram o avanço da doença na população brasileira nos últimos anos, pacientes com DRC em fase 5 quase dobraram entre 2000 e 2011, passando de 42.695 para 91.314.
Há alguma possibilidade de cura?
Não há cura, nem reversão para a DRC, mas com controle adequado das causas é possível postergar seu avanço, retardando ou evitando o estágio 5, de diálise ou transplante. O prognóstico a médio e longo prazo depende da causa da doença, do quadro geral do paciente e do controle rígido de problemas como diabetes e hipertensão arterial, além da adoção de um estilo de vida saudável.
Americas: cuidados integrados que fazem a diferença
O Americas Serviços Médicos criou uma linha de cuidado integrado para pacientes com doença renal crônica. Realizado por profissionais especializados, o acompanhamento é feito desde a fase inicial, buscando retardar a progressão da doença por meio do controle de fatores de risco, como hipertensão e diabetes. Pacientes com fatores de risco, mas sem a doença, também contam com todo o suporte de atendimento voltado à prevenção. A linha de cuidado ambulatorial está implantada em hospitais da rede Americas de vários Estados brasileiros.
Uma estrutura diferenciada foi criada com foco nos paciente que já chegaram ao estágio 3 da doença. É o Centro Renal de Tratamento Integrado (CRTI), que oferece acompanhamento multidisciplinar contínuo (incluindo diálise) até o momento do transplante e no pós-transplante. Atualmente, o CRTI está implantado no Hospital Samaritano (SP), outro será inaugurado ainda este ano no Hospital Alvorada Moema (SP) e, em 2022, outro no Americas Medical City (RJ).
Para transplante renal, o Americas tem oito. hospitais habilitados: Samaritano Higienópolis, Paulistano, Alvorada Moema, Vitória Barra, Samaritano Botafogo, Pró-Cardíaco, Monte Klinikum e Santa Joana.
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