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Parto prematuro pode ser evitado

Novembro Roxo, tempo para parar e pensar sobre os riscos da prematuridade e a importância de prevenir que o bebê chegue antes da hora, pois a maioria dos casos de partos antecipados poderiam ser evitados, como contam as especialistas.

De acordo com os últimos dados coletados no Brasil, em 2019, mostram que 2,9 milhões de partos com bebês nascidos vivos, aproximadamente 315 mil (11%) foram antecipados. No ranking mundial, estamos entre as 10 nações em nascimentos prematuros. Por este motivo, Novembro Roxo, Dia Internacional da Sensibilização para a Prematuridade (17 de novembro), é para nós um mês o qual conscientizamos sobre as formas de evitar que o nascimento ocorra antes das 37 semanas de gestação, pois além de ser a principal causa de morte na primeira infância, ela acarreta uma série de problemas de saúde, principalmente neurológicos, que atrasam ou comprometem o desenvolvimento da criança.

Para saber mais sobre o assunto, conversamos com a Dra. Teresa Uras Belem, neonatologista da Linha de Cuidados Materno-Infantil do Americas Serviços Médicos e membro do Conselho Científico da ONG Prematuridade, entidade que conta com o apoio do UnitedHealth Group (grupo ao qual o Americas pertence e que também apoia o projeto de seguimento de prematuros da Unifesp/Universidade Federal de São Paulo); e com a enfermeira Aline Hennemann, vice-diretora executiva da ONG Prematuridade.

Quando o bebê é prematuro?

O bebê é prematuro quando o parto acontece antes de 37 semanas de gestação, período necessário para que seu organismo esteja preparado para viver fora do útero. Assim, ele é mais vulnerável a doenças, como infecções, mau funcionamento de alguns órgãos e outros problemas. Quanto mais precoce o nascimento, maior o risco de complicações e a necessidade de cuidados por tempo indeterminado.  “Os bebês nascidos entre 37 e 35 semanas geralmente não têm grandes complicações. Podem ficar no quarto com a mãe, mas precisam de atenção especial para controle de glicemia, de icterícia prolongada ou maior dificuldade no aleitamento”, explica a Dra. Teresa.  Abaixo daí é sempre necessário o cuidado da unidade de terapia intensiva. Os partos realizados entre 24 e 28 semanas são classificados como ‘extremamente prematuros’, e os bebês precisarão de um longo período de hospitalização, que pode chegar a três ou quatro meses.

Que problemas um bebê prematuro pode ter?

  • Nascem com baixo peso e podem ter dificuldade para engordar.
  • Tem pele fina, com pouca gordura sob a pele. São frágeis, com musculatura fraca e atividade corporal reduzida.
  • Dificuldade nos reflexos de sucção e deglutição que dificultam a amamentação e a nutrição correta.
  • Problemas respiratórios, metabólicos, hemodinâmicos (relacionados à circulação sanguínea), infecções sistêmicas, alterações neurológicas, hemorragia intracraniana e distúrbio ocular na retina que compromete a visão, entre outras doenças.
  • Comprometimento e atraso no crescimento e desenvolvimento da criança, com dificuldade de aprendizagem, por exemplo.  

Como prevenir um parto prematuro?

“O pré-natal é o grande agente preventivo do parto prematuro. É fundamental ter políticas de incentivo e oferecer condições para que as mulheres façam esse acompanhamento”, diz Aline. As consultas e exames realizados ao longo da gestação permitem diagnosticar males que podem desencadear um parto antes da hora e, assim, adotar os cuidados e controles necessários para reduzir ou eliminar o risco.  

Quais são os fatores de risco?

Entre os fatores de risco para o parto prematuro estão: consumo, durante a gravidez, de tabaco, álcool e drogas; infecções, principalmente no trato urinário; pressão alta (hipertensão arterial) e diabetes. Há uma maior incidência de prematuridade em gestantes adolescentes e gestantes com mais de 35 anos. Gestações de risco e bebês com restrição de crescimento intrauterino, condições constatadas durante o pré-natal, também ampliam o risco e demandam acompanhamento especializado.  “O nascimento seguro envolve participação do pediatra já no pré-natal, a escolha de uma maternidade com infraestrutura e equipe multiprofissional capacitada para assistência a prematuros e treinada no programa de reanimação neonatal da Sociedade Brasileira de Pediatria”, destaca a Dra. Teresa.

Quais são os cuidados importantes para a saúde e desenvolvimento do bebê prematuro?

“Desde o momento em que a mãe entra em trabalho de parto antecipado já é possível atuar com medicações protetivas, como a administração de corticoides (medicamentos com ação anti-inflamatória) para fortalecer o pulmão do bebê”, explica Dra. Teresa. Na UTI neonatal, o recém-nascido será monitorado e precisará de cuidados especiais, o que somente uma instituição bem equipada e com uma equipe multidisciplinar especializada (Medico neonatologista(especialista no cuidado neonatal), enfermagem, fisioterapia,  nutricionista, fonoaudióloga, assistente social, psicóloga e entre outras.) pode oferecer.

O leite materno deve ser introduzido o quanto antes, logo ao nascer, mesmo que seja por colostroterapia, que é a colocação de gotinhas de colostro (tipo de leite produzido pela mãe nos primeiros dois ou três dias) na boca do bebê, até que ele possa receber o leite por outros meios. “O melhor alimento para o prematuro é leite humano”, diz a médica.

De extrema importância também é que os pais permaneçam na unidade de terapia intensiva todo o período de internação, acompanhando e participando do tratamento. Essa prática é destacada no tema do Novembro Roxo deste ano: “Separação Zero”. Estudos comprovam que essa estratégia traz trazer benefícios importantes, reduzindo risco de infecção e tempo de internação e melhorando o desenvolvimento neurológico, principalmente. A presença e o envolvimento dos pais no cuidado do bebê e o estímulo ao contato pele a pele são aspectos fundamentais do Método Canguru, um conceito de assistência humanizada aos prematuros, que inclui também ações de acolhimento e suporte das famílias.

Quando o bebê prematuro pode ir para casa?

Para ter alta, o bebê precisa estar em boas condições clínicas, se alimentando normalmente com leite materno e não ter tido episódio de apneia (rápidas interrupções da respiração) uma semana antes, entre outros requisitos.

Em casa, entre as recomendações importantes estão: restringir as visitas em casa, ter muita atenção com higiene das mãos e evitar estar com o bebê em locais fechados, para não expô-lo a agentes infecciosos. Alguns bebês poderão precisarão de alguns recursos extras em casa, como sonda e oxigênio.

O acompanhamento médico da criança deve continuar.  “A assistência precisa ser multiprofissional, dependendo de necessidade de cada caso, como fisioterapeuta, neurologista, pediatra, nutricionista, oftalmologista. Assim, é possível prevenir atrasos de crescimento e diagnosticar possíveis déficits precocemente a fim de que a criança seja estimulada e tratada para alcançar o máximo de seu potencial”, destaca a Dra. Teresa.

Confira nossas unidades onde as mamães encontram estrutura e equipes especializadas para oferecer os melhores cuidados para elas e seus bebês.

São Paulo - capital

Hospital Vitória Anália Franco

Site: Atendimento e estrutura | Anália Franco (hospitalvitoria.com.br)

Central de atendimento: (11) 3581-1000

Hospital e Maternidade Metropolitano

Site: Estrutura da Maternidade | Hospital Metropolitano

Central de atendimento: (11) 3677-2000

São Paulo - Campinas

Hospital e Maternidade Madre Theodora

Site: Maternidade - Hospital e Maternidade Madre Theodora (hospitalmadretheodora.com.br)

Central de atendimento: (19) 3756-3000

Rio de Janeiro

Hospital e Maternidade Santa Lucia

Site: Maternidade - Hospital e Maternidade Santa Lúcia (santaluciahospital.com.br)

Central de atendimento:  (21) 3003-9221

Recife (PE)

Hospital e Maternidade Santa Joana Recife

Site: Maternidade - Hospital Santa Joana Recife

Central de atendimento (81) 3216-6666

Natal (RN)

Hospital Promater

Site: Promater

Central de atendimento (84) 3204-0800

Sobre a ONG Prematuridade

A entidade atua na prevenção, educação e suporte às famílias com crianças prematuras. Também promove capacitação de profissionais da área por meio de workshops e vídeos de treinamento em seu portal e desenvolve ações que visam melhorar as condições das famílias e crianças.  “Uma grande conquista, que contou com nossa ativa participação, foi a extensão da licença-maternidade para mães de prematuros. Agora, elas têm direito de acrescentar ao tempo normal do benefício o período em que o bebê ficou na UTI neonatal após seu nascimento”, explica Aline.  A entidade oferece, ainda, assistência jurídica e psicológica online gratuita para famílias carentes e profissionais de saúde.  Para saber mais, acesse www.prematuridade.com.

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