Grupo de Acesso Vascular é estratégico para prevenir eventos adversos
Hospital Samaritano está implantando uma rede multidisciplinar a fim de garantir acessos vasculares mais adequados, seguros e duradouros.
Acesso vascular é um assunto que parece simples, mas é estratégico em um hospital. Essa é a opinião do cirurgião vascular e endovascular Marcus Vinicius Campos Bittencourt, responsável pelos acessos vasculares das equipes de transplantes de medula e rim do Samaritano Higienópolis e participante do projeto de implantação de um Grupo de Acesso Vascular nessa unidade da rede Americas.
“Grande parte das infeções hospitalares está relacionada a acessos vasculares malcuidados, malfeitos ou mal planejados”, observa o médico que, em outubro, ministrou aula no XVIII Congresso Brasileiro de Controle de Infecção e Epidemiologia Hospitalar tratando justamente da importância de grupos de acesso vascular para a prevenção e redução das infecções de corrente sanguínea. Segundo ele, a temática é ainda mais sensível para alguns grupos de pacientes, como os onco-hematológicos, cujas infecções redundam em riscos que podem ser fatais.
A criação de um Grupo de Acesso Vascular envolve a adoção de protocolos que definem as regras de acesso vascular, bem como a definição de estratégias para verificar a adesão a esses protocolos. Além de mitigar os riscos de ocorrência de eventos adversos associados, a instituição de regras sobre quais tipos de acessos devem ser feitos para quais pacientes e em quais circunstâncias ajuda a aprimorar a experiência do paciente dentro do hospital.
“De modo geral, o protocolo de acesso venoso é organizado por uma tríade: o tipo de medicamento que será utilizado, a rede venosa do paciente e o tempo de permanência do acesso. O foco é garantir que o acesso seja o mais bem feito e adequado possível, além de assegurar que, na maioria das vezes, seja um acesso único, capaz de atender o paciente pelo maior tempo possível durante a internação”, afirma o Dr. Marcus Vinicius.
No Samaritano Higienópolis, os integrantes do Grupo de Acesso Vascular estão na fase de treinamento em relação ao protocolo de acesso vascular. Participam profissionais de enfermagem especializados e de cirurgia vascular, uma vez que a responsabilidade de alguns acessos cabe aos enfermeiros e outros, aos médicos. É muito importante que essa equipe multiprofissional fale a mesma língua em relação a todos os acessos.
A montagem desse grupo no Samaritano Higienópolis servirá de base para a criação de novos grupos em outros hospitais da rede do Americas. “Constituídos por um coordenador médico e de enfermagem, grupos do gênero dependem muito da adesão da alta liderança das instituições para serem bem-sucedidos”, finaliza o Dr. Marcus Vinicius.
