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Avanços no tratamento de varizes

Técnicas minimamente invasivas são cada vez mais adotadas. Realizados em consultório ou day clinic, esses procedimentos permitem rápida recuperação dos pacientes.

Importantes avanços mudaram significativamente o cenário de tratamento e recuperação dos pacientes com varizes, mal que acomete em torno de 70% da população, principalmente mulheres e idosos. “O que envolvia uma cirurgia com cortes maiores e necessitava de internação, hoje, na grande maioria dos casos, é feito por técnicas minimamente invasivas, muitas vezes procedimentos que podem ser realizados no próprio consultório”, afirma o Dr. Leonardo Ragazzi Sodré, cirurgião vascular e endovascular, coordenador da Cirurgia Vascular do Hospital Madre Theodora. 

As grandes novidades da área começam pelo diagnóstico com o ecodoppler, que permite uma avaliação mais assertiva e detalhada de cada caso. Os procedimentos tornaram-se menos invasivos e mais eficientes, permitindo lidar também com casos avançados por meio de técnicas que não necessitam de internação e garantem recuperação bastante rápida. “Atualmente, são raros os casos levados para o centro cirúrgico para um procedimento convencional. A maioria é realizada em consultório ou em day hospital”, informa  o especialista.   

As principais técnicas modernas para tratar as veias doentes são endovasculares, com microincisões para aplicações de endolaser, radiofrequência e escleroterapia (medicamentos) associada ao laser transdérmico (luz), esta última para quadros mais simples. “A tendência é os procedimentos tornarem-se cada vez mais simples, minimamente invasivos, rápidos e acessíveis à população em geral”, diz o Dr. Leonardo.

Causas e orientação aos pacientes

O comprometimento das veias, principalmente dos membros inferiores, têm entre os desencadeadores o fator genético, em grande parte combinado hormônios, longos períodos de permanência em pé ou sentado, obesidade, sedentarismo e tabagismo. Além das veias visíveis, o problema manifesta-se por manchas, rarefação de pelos, dermatite ocre, edema e, em casos avançados, feridas. 

“É importante que colegas de outras especialidades, ao notarem esses sinais, recomendem ao seu paciente buscar atendimento especializado com um cirurgião vascular, pois varizes não tratadas podem até gerar trombose. Também é fundamental que o paciente que passou por cirurgia ou procedimento faça acompanhamento”, recomenda o Dr. Leonardo. “Quanto mais precoce o diagnóstico, mais simples será o tratamento”, acrescenta ele.

Casos específicos requerem abordagem multidisciplinar, envolvendo acompanhamento para tratar feridas, fisioterapia motora para paciente acamado e/ou orientação nutricional para o controle do peso. No geral, a orientação para prevenção é focada na prática de atividade física, principalmente exercícios aeróbicos nos membros inferiores a fim de provocar contração muscular nas pernas para ajudar o sangue a retornar ao coração. Pacientes com fatores de risco, principalmente os relacionados ao trabalho, precisam ser orientados a realizar exercícios a intervalos regulares ou usar meia elástica.

 

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